terça-feira, 14 de dezembro de 2010

veja

pule uma janela
feche a ultima porta
não faça ruidos
não produza gemidos
você pode saber a senha
mas não do lugar
pense
discuta
calcule
não fique parado
palavras não bastam
fique calado
decida
não é fácil
ultrapasse os muros
nade milímetros
olhe
feche os olhos
respire
veja

confusão

um presidio solitário
é estar preso
na imensidão da sua mente
suas mãos hesitam
não são controladas mais por você
pode chover
mas você só sente depois da primeira gota
deseja dormir
mas seus olhos não fecham
pode ouvir vozes
mas não sabe de quem são
ouve ruidos
e os confunde
quer água mas
não está com sede
é o fruto
da própria confusão

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

formas distintas

vou contar a historia
de uma simples menina
linda em dia de outono
radiante no inverno
sedenta por conteúdo
tristonha em outras estações
pode gostar de árvores,
fundações e prédios inacabados
formas distintas
cores inexistentes
obras completas
volumes de dramas
historias românticas
auto-retratos de pintores
teorias da teologia,
curiosa menina de cabelos rebeldes
cor de fogo
olhos castanhos difundidos em mel
um leve aroma de pitanga
sua pele cor de pêssego possui
acreditava que vitória em Deus
era a ressurreição
ou isso ela teria ouvido
em palestras de quinta-feira