segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Marco Eterno


Amor é um marco eterno, dominante,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É sentimento que norteia a vela errante,

Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce meu amado
Apenas escute o ardor que silencia

'Beleza, Bem, Verdade', eis que exprimo.
É hoje e sempre que terás meu amor galante
Inalterável sob seu domínio
'Beleza, Bem, Verdade, para minha kore será constante.

De nossas almas sinceras a união sincera
Perante todos e a trindade
Não necessita de cartas secretas
Pois sem esta se firma para a eternidade.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

À Menina dos jacintos

Se assim for, rezarei por ti
Menina dos jacintos
Entretanto, ao mesmo tempo
Expresso meu receio fervorosamente
Graças à influência escarniante
Ajoelhei-me diante do ícone,
De sua "nova geração"
Falso, repulsivo
Nessas condições, particulamente
Rogo-lhe com entusiasmo
Projetos e esperanças
Perfeitamente realizáveis e evasivas
Onde está tua felicidade conjugal?
Foi súbito e inesperado
Lhe confesso, sem dotes e atalhos
A verdadeira felicidade
Se balbucia em orações
Numa tarde de domingo

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Felicidade

Saimos da mão de Deus
Com a alma ingênua
Árduo encargo da alma
Que florece
Não se pode renunciar à vida
Ou nos tornamos ignotos,
Desconhecidos nossos
Vivendo por viver
Numa esfera de tempo
Que se esgota
Sussurros e desejos
Um mundo irreal
Que se quebra em estilhaços
Uma pintura que foi borrada
Foi causada por erros do começo
Deve-se recomeça-la
Para obter uma obra prima
Vida
São memórias tecidas,
Por uma aranha caridosa
Arte
A vida sem vida
É como uma caixa que toca uma música
Nostalgica e niliista
A Vida
É uma sequência
Da existência em dó maior
 
 Dedicado à Josué Camargo e Eliel Camargo

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Y cariad

A memória expele e disseca
Envelhece e distorce
Mas lembro-me
Que ele é movido por fantasias
Que se enredam
Imagens e histórias crepitantes
Anotações e sínteses lunares
O tempo não o transforma
Nem o atinge
Sua conciência se ergue acima da superfície
Rigida e alvadia
Acima do limbo
O rio das memórias
Lembro-me também
Que ele tinha a noção
De algo infinitamente suave
Um segredo
Que guardava no interior de seus ossos
E de sua alma tensa
Que estava acima de qualquer razão
Ou preceito moral
Die liebe

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A viagem

Acordei sobre a mesa
A esquerda o candelabro ardia
Faiscando
O dia anterior se mostrara irreal
Sob a fulva neblina de inverno
Fluía a multidão insignificante
Para a viagem
E longa era a viagem
Os caminhos submersos e o tempo adverso
Caminhamos sobre penhascos,
terraços e palácios estivais
Mas ei que alcançamos pela aurora
O que tanto nos carecia
Um vale ameno
Impregnado de aroma silvestre
Luz sobre luz
Não havia aflição nem escárnio
Somente plumas sobre nossas cabeças
Percorremos toda aquela estrada
Rumo ao nascimento
Ele concedeu-nos tua paz
Partimos do monotomo mundo,
Irresolusta e egoísta,trôpego e disforme
Principiando a verdadeira vida